O mercado livre de energia fechou o primeiro trimestre de 2021 20% maior do que estava no mesmo período de 2020, com um total de 8.978 consumidores. Essa foi a segunda maior média de adesões já registrada, com 150 novos consumidores livres. Esses dados são do monitoramento periódico da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e mostram que o interesse pela modalidade segue crescendo, mesmo com os desafios impostos pela pandemia.
O Ambiente de Contratação Livre (ACL) permite a negociação direta entre geradores ou comercializadores e compradores de médio e grande porte, como indústrias e shoppings. Os consumidores do ACL são divididos entre livres, que podem escolher seu fornecedor, e os especiais, com demanda um pouco menor (500 kW a 1,5 MW) e direito à aquisição de energia gerada por Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) ou fontes incentivadas, como eólica, solar e biomassa.
No primeiro trimestre de 2020, o número de consumidores livres foi de 953 para 1.064, enquanto os especiais passaram de 6.501 para 7.914. Já em 2021, a CCEE destaca os 451 novos consumidores do primeiro trimestre. Para os próximos meses, já existem outros 1.080 processos de adesão em andamento.
Além dos consumidores, são agentes da CCEE os 1.725 geradores de energia, entre os autoprodutores, os independentes e aqueles a título de serviço público. Integram ainda a Câmara de Comercialização 50 distribuidoras e 412 comercializadores. No total, são 11.165 associados no fim do primeiro trimestre. A CCEE também acompanha adesões ao ACL por ramo de atividades. Entre os novos entrantes de março deste ano, o setor de Serviços continua respondendo pela maioria (27%), seguido por Manufatura (18%), Metalurgia e Produtos de Metal (12%), Alimentos (12%), Minerais Não-Metálicos (8%), Comércio (7%), Veículos (5%), Madeira, Papel e Celulose (4%), Têxteis (3%), Químicos (2%), Bebidas (1%) e Telecomunicações (1%).